O espaço interno é a casa para onde a
consciência deve retornar. Nessa presença são os quatro elementos que
jogam nessa arena. O vento que entra pelas narinas, desperta a percepção
de si. O elemento terra possui os atributos de estabilidade,
acolhimento e pertencimento, ligados ao coração, cujo atributo não é o
amor passional e sim a estabilidade. A água e o fogo são os principais
bailarinos nesse vasto mundo interior. A dança do fogo e da água, do
masculino e do feminino dentro do corpo, realiza a união dos opostos, tão buscada nos caminhos de desenvolvimento humanos integrativo.
Podemos meditar e nos contemplarmos como um vasto espaço mental.
Pela qualidade de espelho do elemento espaço, busca-se a observação de
si e o esquecimento de si, como dois momentos fundamentais. É no
esquecimento de si que se toca a propriedade vazia do espaço, o atributo
principal do céu sem nuvens. É na observação de si que o sujeito
coloca-se no centro de seu próprio universo criador com responsabilidade
e compromisso.
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Texto de Débora Tabacof
Meditação
1
Tendo desenvolvido entusiasmo desse modo,
Eu devo colocar minha mente em concentração;
O homem cuja a mente está distraída
Mora nos dentes das concepções perturbadoras.
2
Mas pela concentração de corpo e mente
Nenhuma distração acontecerá;
Então eu devo abandonar a vida mundana
E completamente descartar as concepções distorcidas.
3
Por causa do apego (às pessoas) a vida mundana não é abandonada
E devido ao desejo de ganho material e outros;
Então eu deveria abandonar essas coisas completamente,
Este é o modo no qual o sábio se compraz.
4
Tendo entendido que concepções perturbadoras são completamente superadas
Pela perspicácia superior do ficar em paz,
Em primeiro lugar eu devo procurar a paz.
Isto é alcançado pela alegria genuína do desapego da vida mundana.
5
Por causa da obsessão que um ser passageiro
Tem para outro ser passageiro,
Ele não verá seu amado novamente
Por muitas milhares de vidas.
6
Não os vendo, fico infeliz;
E minha mente não pode ser posta em equilíbrio;
Até mesmo se os vejo não há nenhuma satisfação
E, como antes, fico atormentado, desejando.
7
Por estar preso aos seres vivos
Estou completamente obscurecido da realidade perfeita,
Minha ilusão (com a existência cíclica) perece;
E no fim sou torturado pela tristeza.
8
Só pensando neles,
Esta vida passará sem significado.
(Além disso) os amigos impermanentes e parentes
Destruirão até mesmo o Dharma (que conduz) à permanente (liberação).
9
Se eu me comporto da mesma maneira que uma criança,
Eu certamente cairei nos reinos inferiores;
E se sou conduzido até lá por esse mau uso (para os Nobres),
Para que serve me confiar na infantilidade?
l0
Um momento eles são amigos
E no próximo momento se tornam inimigos.
Desde que se chateiam até mesmo em situações joviais,
É difícil de agradar as pessoas ordinárias.
11
Eles estão irados quando algo de benefício é dito;
E também me tiram do que me é benéfico.
Se eu não escuto o que eles dizem,
Se aborrecem e conseqüentemente se lançam aos reinos inferiores.
12
Eles são invejosos dos superiores, e competitivos com os iguais,
Arrogantes para os inferiores, orgulhosos quando elogiados;
E se qualquer coisa desagradável é dita eles se aborrecem:
Não há qualquer benefício derivado do infantil.
13
Associar-se com o que é infantil,
Resulta em indignidades certamente;
Como elogiar e depreciar os outros
E discutir as alegrias da existência cíclica.
14
Se dedicando deste modo aos outros
Provoca-se nada mais que infortúnio,
Porque eles não me beneficiarão
E eu não os beneficiarei.
15
Eu deveria fugir das pessoas infantis.
Quando elas são encontrados; entretanto, eu devo agradá-los para que estejam contentes.
Eu devo me comportar bem somente por cortesia,
Mas não ficar muito familiar.
16
Da mesma maneira que uma abelha leva mel de uma flor,
EU somente devo levar (o que é necessário) para a prática de Dharma,
Mas permanecer pouco conhecido
Como se eu nunca me tivessem visto antes.
17
“Eu tenho muita riqueza material como também honra,
E muitas pessoas me amam” -
Ego-importância criada deste modo
faz o EU apavorado depois da morte.
18
Assim, com a mente completamente confundida,
Correndo para qualquer objeto,
Você está preso,
Miséria que resultará em milhares.
19
Conseqüentemente o sábio não deveria ser preso,
(Porque) o medo nasce do apego.
Com uma mente firme entenda bem
Que é a natureza destas coisas ser descartadas!
Um guia para o caminho do Bodissátva
Tradução de Rogel Samuel
OM MUNI MUNI MAHA MUNI SHAKYAMUNIYE SOHA
Este é o mantra de Budha Shakyamuni.
Cantar esse mantra atrai poderosas energias de curas, proteção, além de
trazer à tona nossa sabedoria interior em momentos inseguros,
indecisos...afinal é o mantra do “Grande Vencedor”, aquele que
transcendeu todos os sofrimentos, vencendo todas negatividades, ilusões e
nos revelou o Caminho do Meio...
O equilíbrio perfeito...
O significado do mantra segundo Lama Gangchen Rimpoche
OM invoca a energia de puro cristal do corpo, da palavra e da mente de Buddha, e paz e alegria nos mundos interno e externo.
MUNI significa a renúncia ao sofrimento.
MUNI significa a Bodhichitta: o Grande Coração.
MAHA MUNI significa Shunyata: a percepção da natureza da realidade.
SHAKYAMUNI significa o rápido Caminho Tântrico para a iluminação.
SOHA dedica nossa energia para o benefício de todos os seres.
Shakyamuni é o fundador histórico do Budismo. Personificação de Grande Compaixão.
Seus ensinamentos levam ao caminho do equilíbrio e do incondicional amor compassivo:
“Fazei de vós mesmos uma luz. Confiai em vós mesmos, não dependa de
mais ninguém. Fazei de meus ensinamentos a vossa luz, confiai neles, não
dependais de nenhum outro ensinamento".
A força do poder de cura de um mantra depende também da clareza de intenções daquele que o recita. A qualidade da motivação de quem recita um mantra revela seu desenvolvimento espiritual.
Uma pessoa pode recitar mantras para adquirir bens materiais e poder
pessoal. No entanto, sua força será muito maior quando ela o recitar
para desenvolver compaixão e amor, porque esta é a força original do
mantra. Desta forma, ele estará em sintonia com a força secreta do
mantra.
Durante séculos, os mantras têm sido usados na prática espiritual para enfocar e transformar a energia sutil.
As energias curativas despertadas pelo som do mantra são inerentes à
psique. Na tradição budista, estas forças positivas são caracterizadas
como divindades: manifestações de uma força transformadora que se
encontra em nossa mente.
Um mantra que gosto muito de recitar é o mantra de Tara Verde: OM TARE TUTARE TURE SOHA
Em tibetano, Tara é conhecida como Drolma, a Salvadora, pois ela é a manifestação da energia feminina da mente iluminada: a sabedoria.
Tara Verde é a energia feminina da intuição, da criação. Ao desenvolver
essa energia dentro de nós, teremos mais vitalidade e disposição para
realizar nossos projetos de vida, pois Tara elimina os obstáculos
mentais criados pelo medo e pela preguiça. A energia de Tara nos ajuda a
colocar velozmente as idéias em ação.
Uma idéia não colocada em prática é apenas um pensamento. Quando
colocamos nossas idéias em ação, damos vida e energia para os nossos
pensamentos.
Recitar o seu mantra nos ajuda a eliminar as interferências internas como medo e ressentimento. Traz proteção, fé e coragem.
OM significa os sagrados corpo, fala e mente de Tara.
TARE Aquela que liberta do sofrimento verdadeiro.
TUTTARE que elimina todos os medos.
TURE que concede todo o sucesso.
SOHA significa possa o significado do mantra enraizar-se em minha mente.
A prática de recitar mantras é especialmente valiosa nos dias de hoje,
porque é simples e direta. Tudo o que precisamos fazer é relaxar o
máximo possível enquanto repetimos ritmicamente as sílabas do mantra, em
voz alta ou silenciosamente.
BEL CESAR