quarta-feira, 13 de maio de 2009

Metafísica da Saúde( Valcapelli e Gasparetto)


TIREÓIDE
Liberdade de ser como você é.


A tireóide é composta de dois lobos e está localizada junto à laringe, na região do
pescoço. Ela exerce importante atividade reguladora do organismo. Variações mínimas
na produção dos hormônios tireóideos resultarão em significativas alterações no
consumo de oxigênio, no metabolismo do colesterol e nas funções cerebrais, cardíacas
e dos vasos sangüíneos.
Eles regulam o metabolismo estimulando a síntese da proteína, aumentam a
queima das gorduras, a excreção do colesterol e o uso da glicose para a produção de
energia por parte das células do corpo. Em combinação com outras substâncias, esses
hormônios aceleram o crescimento corporal, em especial o crescimento do tecido
nervoso. Também regulam a atividade do sistema nervoso.
A tireóide está em constante estado de adaptação às condições fisiológicas. Sob
certas circunstâncias, como ambientes frios, altas altitudes, gravidez, etc., ocorre a
aumenta da necessidade energética do corpo; nesses casos, as taxas de hormônios
são elevadas, para atender à demanda de energia.
Do ponto de vista fisiológico, a tireóide é um dos órgãos mais sensíveis,
respondendo a vários estímulos do próprio organismo e também da ambiente.
No âmbito metafísico, essa glândula reflete os estímulos emocionais,
estabelecendo no corpo uma condição propícia ao estado interior. Ela manifesta a
capacidade que temos de mobilizar nossos recursos para alcançar aquilo que
almejamos na vida.
Ser bem-sucedida no meio em que vivemos é um objetivo comum a todos. Cada
um vai traçar sua estratégia para essa finalidade. Isso irá determinar a caminha a
seguir.
O curso de nossa existência vai se desenrolando naturalmente. À medida que
vamos nos envolvendo com as situações corriqueiras e priorizando aquilo que
corresponde a nossos interesses, vamos definindo a própria trajetória de vida.
Gradativamente, a realidade vai tomando um formato compatível com nossas
aspirações.
A própria vida se incumbe de nos direcionar para aquilo que nas apraz. Por isso,
viver centrada na presente é um caminha para a conquista de novos objetivos. Os
elementos necessários para sermos bem-sucedidas estão muito próximos de nós,
compondo as situações que nos envolvem. Por isso, para alcançar as realizações e
obter sucesso, precisamos nos integrar com o meio em que vivemos.
Vale lembrar que as situações cotidianas exigem ames, ma empenha e criatividade
que as grandes feitas na vida. Portanto, dedicar-se aos episódios consideradas
meramente triviais promove a aprimoramento interior, desenvolvendo a astúcia e a
determinação, qualidades imprescindíveis para a realização das grandes feitas. As
melhores conquistas são aquelas obtidas por meio da atuação precisa na ambiente.
Desse modo, anulamos as confusões existentes e amadurecemos interiormente.
Mudar sem conflito requer uma participação ativa na realidade. Não devemos
exagerar nas ações, tampouco nos omitir, porque os exageros ocorrem por causa da
necessidade de compensar as lacunas afetivas.
Ser movido pelos desejos ardentes compromete a fluxo natural da vida. Ambicionar
resultadas imediatas é uma das principais causas do fracasso. O princípio básico de
qualquer conquista consiste em saber lidar com o elemento tempo. Tudo tem um
momento oportuno para acontecer.
Precipitar certos acontecimentos poderá comprometer a qualidade da experiência,
ou, ainda, implicar a imaturidade para lidar com aquilo que adquirimos, comprometendo
nosso bom desempenho na vida. Toda vez que tentamos forçar uma situação,
podemos atrapalhar a ordem natural do processo e nas distanciar das reais soluções.
Também não devemos resistir ao novo, porque isso implicaria o afastamento daquilo
que almejamos.
Não há necessidade de romper subitamente com tudo que nas cerca para alcançar
aquilo que pretendemos. O radicalismo não é a única maneira de promover mudanças.
Ao contrário, ele impede a desenvolvimento de certas habilidades imprescindíveis para
fazer bom usa daquilo que alcançamos.
O melhor preparo para lidar com as situações existenciais é obtido durante o
período de conquista. Pode-se dizer que o tempo necessário para uma pessoa
alcançar seus objetivos é relativamente à mesma que ela precisa para responder com
maturidade, dominando aquilo que existe ao redor.
Há também outro aspecto metafísico relacionado com tireóide: ela representa uma
espécie de agente orgânico mediador entre a indivíduo e o ambiente, integrando o
mundo interno ao meio externo. O estado emocional desempenha importante papel
naquilo que realizamos no meio.
O bom humor, por exemplo, proporciona a disposição física necessária para
alcançar nossos objetivos. Quanto melhor for nosso estado interior, maior será nosso
desempenho no meio exterior, aumentando as chances de sermos bem-sucedidos.
Nossas vontades criam os impulsos vitais que acionam as forças interiores,
desenvolvendo as aptidões para o sucesso.
A astúcia e a determinação são qualidades inerentes ao ser. Imbuídos de um firme
propósito, acionamos essas forças interiores para alcançar os objetivos. Enquanto esta
mos elaborando uma estratégia, simultaneamente vamos nos motivando às ações.
Impulsos psíquicos criam forças que percorrem o sistema nervoso, contraindo a
musculatura e predispondo o corpo para agir.
Em síntese, a astúcia mobiliza as qualidades mentais para criar um plano de
ação; já a determinação desperta as condições corporais para executar aquilo que foi
programado. Ao assumir um posicionamento na vida e manter-nos firmes naquele
propósito, passamos a ter o vigor físico necessário para conquistar os objetivos. Para
tanto, é necessário que estejamos em harmonia interior, obtida por meio do equilíbrio
entre o que sentimos e o modo como agimos, visto que nossos conflitos nos
enfraquecem, sabotando a força realizadora. A aceitação das vontades próprias,
pertinentes a nossas aspirações e sentimentos, é fundamentalmente importante para
mover os recursos no meio exterior. No entanto, as pessoas que têm vontade, mas não
se sentem no direito de ir em busca de seus objetivos frustram-se, sufocando os
anseios.
A comunicação e a expressão corporal são fatores metafísicos relacionados à
glândula tireóide. Expressar-se bem e dedicar-se à realização dos objetivos são
atitudes que representam um fator de terminante para a saúde dessa glândula.
Para se obter sucesso na vida é preciso reconhecer o campo de atuação e
observar os acontecimentos, porque eles enriquecem a experiência pessoal,
favorecendo na maneira de proceder na realidade. Saber ouvir é uma qualidade que
amplia as chances de sucesso.
Geralmente o meio não corresponde de imediato àquilo que pretendemos alcançar.
Por isso é necessário abrir-se para receber opiniões; acatar as sugestões dos outros,
encontrando um ponto de equilíbrio entre você e o ambiente. Ter bom discernimento
entre os próprios anseios e as possibilidades que a vida oferece contribuirá para
estabelecer melhores condições existenciais.
Por fim, tanto a verbalização e a realização daquilo que sentimos quanto o
acatamento dos conteúdos exteriores são fatores metafísicos relacionados com a
tireóide.
A saúde da tireóide depende de nossa liberdade de ação e da descontração
necessária para planejar um meio de executar os objetivos, dando vazão à criatividade
e à originalidade. Somente assim podemos alcançar resultados promissores na vida.
A liberdade é uma condição interior. Ela não depende exclusivamente dos fatores
externos, mas também da capacidade de expor os pontos de vista, realizar aquilo de
que temos vontade e usar o direito de escolha, permitindo-nos a qualquer instante
mudar o curso de nossa vida em busca de algo melhor. Todos somos livres para
escolher aquilo que melhor nos convém. Ninguém tira nossa liberdade, somos nós que
nos aprisionamos às pessoas ou situações.
É comum ouvir as pessoas dizerem "Isto está me pegando", demonstrando-se
preocupadas com algo que não faz par te daquilo que estão vivendo no presente ou
naquele instante. Nesse caso, são elas que estão apegadas ao fato ou a alguém.
Portanto, nada nem ninguém tem poder suficiente para dominar nossos pensamentos,
mantendo-nos ligados a uma situação; somos nós que não conseguimos nos libertar.
Podemos ser plenos naquilo que realizamos sem ficardes, viando a atenção para
mais nada. Desse modo teremos bom desempenho e alcançaremos melhores
resultados.
Quando algo não anda bem, é preciso ter o desprendimento necessário para se
renovar, experimentar as opções que a vida oferece e determinar novas direções para
nossa existência. Para conquistar isso, precisamos abandonar os condicionamentos,
ser menos criteriosos e não valorizar tanto aquilo que não deu certo; procurar a todo
instante ser quem verdadeiramente somos, e não exatamente aquilo em que nos
tomamos, com os papéis sociais que assumimos; resgatar a essência e liberar as
vontades, para sair em busca das possibilidades de uma vida melhor.
Abandonar os métodos e conceitos adquiridos pode ser um significativo passo para
o bem-estar. Também é preciso parar de viver num mundo de sonhos e fantasias,
tornando-nos mais atuantes na realidade.
Ser livre não significa adotar medidas radicais e inconseqüentes. Muitas vezes
ficamos tão saturados com as situações que nos rodeiam, que num primeiro momento
que remos romper com tudo, achando que somente assim nos libertaremos dos
emaranhados.
Nem sempre é possível parar de fazer aquilo que está nos incomodando. Nesse
caso, é preciso encontrar uma maneira diferente de encarar os obstáculos.
Geralmente, o simples fato de mudarmos o foco da situação já é suficiente para
amenizar o desconforto causado pelos desafios que a realidade nos impõe.
Quando nos obrigamos a praticar o que não temos vontade de fazer, passamos a
não gostar daquilo. Mas, se o encaramos como uma ação necessária naquele
momento, e não uma tarefa obrigatória, invertemos o sentido. Assim, passamos a
aceitar melhor, favorecendo nosso desempenho. Podemos nos sentir totalmente livres,
em pleno exercício da atividade do cotidiano e no cumprimento dos compromissos que
assumimos na vida, desempenhando nossas funções com prazer e alegria.
A falta de liberdade causa-nos grande desconforto. Quando nos sentimos tolhidos,
ficamos insatisfeitos com o estilo de vida que não condiz com aquilo que aspiramos.
Passamos a nos sentir descontentes, desejamos realizar algo que transcenda aquilo
que nos cerca, como, por exemplo, estar em outro lugar, fazendo algum passeio,
quando não se pode ausentar do trabalho.
Não existe lugar propício para se soltar nem condições ideais para ser espontâneo.
Tudo depende de nosso desembaraço diante daquilo que nos cerca. É preciso sentirse
bem com o próprio jeito de ser, não depender somente daquilo que realizamos.
Nossa satisfação não deve restringir-se a certas atividades; é necessário manter o
desembaraço em tudo que realizamos, para ter prazer naquilo que fazemos.
Perdemos a liberdade quando nos apegamos aos outros. Os conceitos e valores
que adotamos ao longo da vida também reprimem nossa espontaneidade e sufocam a
originalidade.
Pela consideração ao outro, muitas vezes desrespeitamos nossas vontades,
ultrapassando os limites da dedicação. O empenho na participação das tarefas
corriqueiras deixa de ser um gesto de colaboração, passando a se tomar uma
obrigação, que é mantida como um fardo. Essa espécie de teias da convivência
representa uma das principais ameaças da liberdade, prejudicando a felicidade.
Isso se agrava quando alguém quer se destacar no ambiente, agindo de maneira
rude, recriminando os outros, e muitas vezes apela para a estupidez para chamar a
atenção. Comportamentos dessa natureza impressionam negativamente a todos que o
cercam, criando uma atmosfera de medo. Na tentativa de impor respeito, as pessoas
que agem assim acabam criando um clima de terror, dificultando a vida de todos ao
seu redor.
Existem também as pessoas que dominam fazendo-se de vítimas. Elas mobilizam
todos que estão à sua volta, cobrando atenção e carinho. Dependem dos outros para
tudo que fazem, criando assim uma teia de manipulação que, além de comprometer
sua própria liberdade, também complica o desempenho dos entes queridos.
Ambas as formas de domínio são causadas por pessoas carentes, que dependem
do outro para satisfazer suas lacunas afetivas. Buscam obter essa atenção por meio de
artimanhas condizentes com sua personalidade. Aqueles que são retraídos, por
exemplo, inferiorizam-se com facilidade, apelando para o vitimismo; já os mais
explosivos recorrem aos métodos mais rígidos, como a crítica ou a estupidez.
Esses mecanismos usados pelas pessoas manipuladoras prejudicam a
convivência, desgastam o sentimento e com, prometem a liberdade de todos.
Apesar de essas influências serem muito fortes, elas não são suficientes para nos
tolher dentro de casa. O envolvimento afetivo e a falta de habilidade para lidar com
esse tipo de situação é que nos tornam vulneráveis a isso tudo, prejudicando nosso
desembaraço na intimidade do lar. Pode-se dizer que não são exatamente os outros
que nos atrapalham, mas nós mesmos que não conseguimos superar esse tipo de
dificuldade da convivência, prejudicando nossa livre expressão na vida.
Para termos bom desempenho diante das pessoas com quem convivemos, é preciso
nos despojarmos das impressões constrangedoras. Não adianta sermos
desembaraçados fora meios de convivência diária; isso não vai sanar as dificuldades
encontradas com os entes queridos.
A conquista da liberdade é obtida por meio da reformulação de algumas crenças e
valores que nos fazem sentir presos às obrigações. Um exemplo de reformulação é
pensar que tudo na vida é uma opção e de alguma maneira escolhemos estar ali
fazendo aquilo que nos cabe no presente.
Imbuídos pelo intuito de ser alguém na vida e obter o reconhecimento dos outros,
costumamos sufocar nossa essência. Tornamo-nos dependentes de aprovação das
pessoas, principalmente dos familiares. Também os bens materiais passam a ser mais
que elementos de conquistas para o usufruto, tornando-se imprescindíveis para a autoestima.
A demasiada importância atribuída aos pertences nos torna dependentes e
aprisionados ao desejo de conquista; ou, ainda, pode causar medo de perdas, de
prejuízos financeiros, comprometendo nosso desembaraço em meio a isso tudo.
Deixar de ser materialista não significa total desprezo aos bens, mas sim
desapego, gozo do privilégio de usufruir, sem depender de algo físico para sentir-se
importante. A baixa autovalorização nos torna dependentes dos outros, principal, mente
das conquistas materiais. Somente conseguiremos vencer o sentimento de
inferioridade quando elevarmos a auto-estima e passarmos a dar mais valor a nós
mesmos.
Por fim, liberdade não deve ser confundida com libertinagem. Um indivíduo libertino
é desordeiro, não respeita os limites dos outros, quebra a harmonia do ambiente, quer
fazer aquilo que acha certo, no momento que mais lhe convém. Não assume a
responsabilidade pelos seus atos, é inconseqüente e imaturo.
A liberdade é uma condição natural do ser. Não significa ter total domínio sobre as
situações ou mesmo controlar todos que o cercam, mas sim articular a realidade de
forma a encontrar os meios para realizar os objetivos e saciar as vontades.

3 comentários:

Veet Surya disse...

Excelente materia, devemos sim observar a todos os instantes as reações do corpo e as necessidades do ser....Parabens pela Matéria

ANDERSON CLAYTON disse...

Olá Surya, obrigado e continue dando suas dicas.

Hare

Anônimo disse...

Obrigada por esta maravilha de matéria.
Muito importante sabermos a importância de nossas glandulas