sábado, 5 de setembro de 2009

Osho




A LINGUAGEM DA CELEBRAÇÃO


Somos ensinados a pensar que, a menos que haja
reconhecimento, não somos ninguém, não valemos nada. O trabalho
não é importante; o reconhecimento, sim. E isso deixa tudo de
cabeça para baixo. O trabalho deveria ser importante — um prazer
por si só. Você não deveria trabalhar para ser reconhecido, mas
porque gosta de ser criativo. Você gosta do seu trabalho pelo que ele
é. Faça um trabalho porque o aprecia. Não espere por reconhecimento.
Se ele vier, encare-o com naturalidade. Se não vier, não pense nisso.
Sua satisfação tem que vir do trabalho em si. E se todo mundo
aprender essa arte simples de amar o trabalho, seja ele qual for,
gostando dele sem esperar qualquer reconhecimento, teremos um
mundo mais bonito e festivo.

A existência é abundante — milhões e milhões de flores, milhões
de pássaros, milhões de animais... Tudo em abundância. A
natureza não é ascética, ela está dançando por aí — no vento
passando pelos pinheiros, nos pássaros... Para que milhões de
galáxias, cada uma delas com milhões de estrelas? Parece não haver
necessidade, exceto pelo fato de que a abundância é a própria
natureza da existência; essa riqueza é seu próprio cerne. A existência
não acredita em pobreza.

Se você sabe apreciar uma flor cor-de-rosa, uma árvore verdejante
no seu quintal, as montanhas, os rios, as estrelas, a lua, se você sabe
apreciar as pessoas, não ficará obcecado por dinheiro. A obsessão
aparece porque nós esquecemos a linguagem da celebração.
Não estou dizendo para você renunciar ao dinheiro. Isso é o que
estão lhe dizendo há eras e não mudou você em nada. Estou lhe
dizendo outra coisa: celebre a vida e a obsessão por dinheiro
desaparecerá automaticamente. E, quando isso acontece
naturalmente, não deixa marcas, não deixa feridas, não deixa traços.

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